16/03/2018 07:29:00 - Atualizado em 16/03/2018 13:29:00

Polícia apura participação de 2º carro em assassinatos de vereadora e motorista

Redação/RedeTV!

(Foto: Divulgação)

A Polícia Civil está apurando se houve participação de outro carro na ação que terminou com as mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e motorista Anderson Pedro Gomes. A suspeita é que o segundo veículo tenha dado cobertura aos assassinos. 

De acordo com os investigadores, imagens de câmera de segurança, que não foram divulgadas, mostraram que o carro passou cerca de duas horas na porta do local onde Marielle participava de um evento sobre feminismo e racismo.  A polícia já identificou que um dos carros usados pelos criminosos tem placa de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Marielle, de 38 anos, uma conhecida ativista do movimento negro e crítica da violência policial no Rio de Janeiro. Ela estava dentro de um carro no bairro de Estácio, centro da capital fluminense, quando criminosos emparelharam outro veículo e abriram fogo. O motorista foi atingido nas costas e não resistiu.

A perícia apontou que todos os disparos foram efetuados por arma de calibre 9 mm. Nove cápsulas foram encontradas no local. Como os criminosos avançaram atirando e fugiram sem levar nada, as autoridades estão tratando o caso como execução. 

O caso

Marielle foi morta após participar um evento que reunia jovens negras, na Lapa, no centro do Rio, na noite de 14 de março. Ela estava com a assessora e o motorista do carro, Anderson Pedro Gomes, que também faleceu, quando o veículo foi emparelhado foi outro e alvejado por ao menos 13 tiros. 

A vereadora foi atingida por quatro tiros na cabeça. Anderson, que era casado e tinha um filho pequeno, recebeu pelo menos três disparos nas costas. A assessora acabou atingida por estilhaços e não sofreu ferimentos mais graves. 

A perícia apontou que todos os disparos foram efetuados por arma de calibre 9 mm e que a munição utilizada fazia parte de lotes vendidos para a Polícia Federal. Nove cápsulas foram encontradas no local. 

A polícia trabalha com a suspeita de execução e acredita que o veículo foi perseguido por cerca de 4 km. As autoridades ainda apuram se um segundo carro teria participado dos assassinatos

Marielle, de 38 anos, era uma conhecida ativista do movimento negro, defensora de minorias sociais e crítica da violência policial no Rio. Ela também era relatora de uma comissão da Câmara dos Vereadores criada para fiscalizar a intervenção federal no Rio.

Carro da vereadora Marielle (Foto: Reprodução/RedeTV!)

Veja também: Polícia ouve segunda testemunha sobre assassinato de Marielle Franco

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